sábado, 8 de setembro de 2012

Resgatando a espontaneidade para salvar a criatividade

Ser criativo é uma qualidade que vem sendo almejada desde muito tempo. Estudos cercam essa temática, pois, além do desejo de ser criativo, existe, também, uma demanda persistente, pelo menos no mundo ocidental, por pessoas que tenham essa habilidade.
O mundo regido pelo capitalismo precisa de novidades para se sustentar: a novidade tende a ser atraente, gerando aumento nas vendas, independente da real necessidade de consumo. Com isso em mente, diversas organizações promovem palestras e cursos sobre processo criativo, mas todo esse esforço, independentemente do propósito, corre o risco de ser em vão, pois, socialmente, bloqueamos o ingrediente básico da criatividade: a espontaneidade.
A criatividade é a manifestação espontânea da fantasia aplicada de maneira prática. Sendo assim, nossa maior matéria prima para criar são nossos conteúdos internos. Tudo o que estudamos, aprendemos, ouvimos, vemos inspira-nos a manifestar a criatividade – são os catalisadores de nossas produções. O aprendizado traz para nós novas referências e promove o conflito com as nossas idéias anteriores, mobilizando-nos para a formulação de novos pensamentos. Contudo, a expressão depende de autoconfiança, aceitação e coragem. Quando temos isso, conseguimos ser espontâneos, abrindo espaço para a criatividade.
O problema é que passamos a vida aprendendo sobre como somos ridículos e incapazes, e, então, gastamos essa vida tentando nunca ser considerados ridículos ou incapazes. O defensor da revolução na educação, Ken Robinson, fala em suas palestras que “ao longo da vida, os indivíduos vão se tornando mais conscientes e constrangidos e ficam com medo de cometer erros, porque passam por situações em que dão respostas erradas, se sentem estúpidos e não gostam deste sentimento”. Esse ciclo é o grande responsável pela dificuldade em manifestarmos, naturalmente, nossa criatividade.
As crianças são geralmente mais criativas que os adultos; não se tornaram ainda tão constrangidas em relação a elas mesmas, o que lhes permite uma imaginação muito rica. Um exemplo disso é uma história que escutei, linda, inocente e engraçadinha, que mostra como o imaginário infantil pode criar um mundo.
Um menino morava ao lado de uma menina. Eles brincavam todos os dias no espaço enorme que tinham na rua – não faz sentido ficar dentro de casa quando se tem o mundo do lado de fora. Brincavam até... Bom, provavelmente até serem chamados para dentro de casa de novo, um pouco tristes por não poderem ficar só mais um pouquinho – afinal, energia de criança nunca acaba.
Como bons amigos, eram muito parecidos em várias coisas: pelo estado como a menininha voltava para casa, eles dividiam uma paixão pelo perigo e pela sujeira. Como em toda amizade interessante, eles eram, também, diferentes em milhões de outras coisas, mas havia uma que era muito, muito, impressionante.
Um dia, em meio a montes de areia, arranhões no joelho, rasgos nas roupas e pulos de lugares relativamente altos, a menininha contou a seu amigo que era espírita. Ele ficou em choque, mas não deixou isso transparecer um só segundo. E, por muito tempo, todas as vezes em que a porta de sua amiga se fechava depois de uma despedida, ele não conseguia evitar: ficava parado ali... olhando... curioso...
Apenas anos depois, a menina descobriu o que sua inocente informação havia provocado na mente incrível do menino. Eles se reencontraram e sorriram pelos velhos tempos. O mais divertido foi quando ele contou que, durante todo aquele tempo de infância, seu maior desejo era ver o que tinha atrás da porta da casa de sua querida amiga mágica. Sim, mágica.
Afinal, o que era ser espírita? Na imaginação do menininho, o significado disso era bem diferente do real, e muito mais fantástico, pois quando as portas da menininha se fechavam, ele tinha certeza de que ela e toda a sua família não fingiam mais ser normais... Eles todos ficavam voando pela casa!
Bom, escutando essa história, fiquei pensando como seria maravilhoso voltar à criatividade de nossas infâncias. Mas, como isso não é possível, o que podemos fazer pela nossa capacidade criativa é, antes de qualquer coisa, trabalhar nossas inseguranças, livrando nosso pensamento de um crescimento engessado por julgamentos e constrangimentos. Assim, conseguiremos ser espontâneos, manifestando nosso universo interno, sem deixar que as críticas nos despedacem, sendo possível, finalmente, direcionar nosso rico universo interno para uma produção criativa.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Prisão sedutora: poder dos relacionamentos doentios


Certa vez escutei uma frase: “só sabe o poder de uma relação doentia quem vive uma.”  Os relacionamentos doentes são grandes incógnitas tanto para aqueles que os vivem quanto para os que acompanham a trajetória perturbada do casal. Essas relações são muitas vezes capazes de prender as pessoas até o total esgotamento da saúde mental. É um encarceramento, porém de um tipo absolutamente sedutor: não é apenas feito de sofrimento, é também inundado de desejo.
O desejo é a essência, componente fundamental dos relacionamentos, inclusive dos doentios. No entanto, nesse caso, é um desejo de ordem destrutiva; ele não abarca muitos elementos pulsionais de vida, por mais que haja a vontade de união (que representa vida, construção). É uma união com propósito de despedaçamento subjetivo, de despersonalização, de controle.
O desejo de ser punido e o desejo de castigar se encontram e se colam fortemente um no outro; assim como o desejo de abrir mão do controle próprio (muitas vezes praticado de maneira muito rígida) se casa com o desejo exercer controle sobre o outro. Questões muito complexas para poucas linhas, que no fim das contas traduzem várias combinações de desejos devastadores, aniquiladores e danificadores.
As peças vão se encaixando como um elaborado quebra-cabeça, e o relacionamento transformando-se em um grande quadro de poder. Assim, apesar de cansados, muitos continuam no relacionamento, pois não entendem, não significam, seus desejos inconscientes (podendo negá-los ou marginalizá-los), e, ainda por cima, são dominados pelo poder.
O poder pode ser tirânico, apenas um exerce o domínio total, despersonalizando, subjugando o outro, mitigando de pouco em pouco sua autonomia de sujeito. No entanto, o poder também pode se alternar entre um e outro, transformando o esgotamento mental em algo bastante dinâmico e vingativo.
Dentro desse jogo de desejo por culpa e punição, controle e descontrole, causar e sofrer dor, esses relacionamentos se perpetuam, às vezes por mais tempo que o suportável, e nessa montanha-russa de sentimentos destrutivos, a saúde sucumbe e o final pode ser trágico.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A imposição de um futuro pela palavra


Vários ditos populares nos chamam atenção para o poder das palavras. Podemos encontrar alguns exemplos em provérbios chineses: um que fala sobre três coisas que não podemos voltar atrás, sendo uma delas a palavra pronunciada; outro que diz que “um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida”; e um outro que diz “a palavra é prata, o silêncio é ouro”. Ditados populares, facilmente achados e pronunciados em qualquer lugar. Qual é a verdade por trás desses dizeres tão presentes? Por que uma preocupação tão intensa com aquilo que se diz?
Todos nós somos capazes de construir ou destruir o universo a nossa volta, e nosso melhor recurso – ou, também podemos dizer, nossa maior arma – é a palavra. Existe um fenômeno, estudado principalmente na área das ciências sociais, mais especificamente na área da educação, que mostra que aquilo que é dito reforçadamente sobre uma pessoa ou grupo, acaba por se converter em realidade futuramente. Esse fenômeno é conhecido como “profecia auto-realizadora”.
A profecia auto-realizadora é, de forma simplificada, acreditar em ideias externas e incorporá-las em sua vida de forma tão enraizada, que parecem fazer parte de sua natureza. Ela é responsável, em parte, pela evasão escolar, pelos distúrbios infantis e pelas insatisfações pessoais.
As crianças sempre estão mais suscetíveis a esse fenômeno. Ainda muito impressionáveis, abertas ao aprendizado, porém sem bagagem suficiente para se defender de seus profetas, recebem suas predições de futuro sem nem imaginar quão danoso isso é para o desenvolvimento e para a construção de suas próprias identidades.
Alguns pais e educadores organizam de maneira destrutiva suas crianças. A criança em vez de fazer algumas coisas, passa a ser algumas coisas: ela é desastrada, ela é birrenta, ela é desatenta, ela é desobediente, ela é burrinha, ela é bobinha... Dessa forma vão crescendo (ou melhor dizer, assim vamos crescendo) dentro de estereótipos e mitos que parecem cada vez mais reais.
A palavra é capaz de destruir e desorganizar, e em um momento de impaciência ela pode ser usada propositalmente para esses fins. O cuidado num instante de raiva deve ser tomado, mas o  que mais deve chamar a atenção são os conceitos e preconceitos, as necessidades de classificar e simplificar. Isso é o que aparecerá nas falas de maneira tão constante, até natural. Isso é o que tornará difícil perceber o estrago que está sendo causado.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mil experiências em um momento chamado adolescência


Ser adolescente não pode ser resumido em apenas uma experiência: alguns jovens trabalham, outros não; alguns estudam muito, outros pouco, outros nada; alguns acham que foi o melhor momento da vida, outros preferem ignorar que ele existiu. Se existisse apenas uma fórmula para o adolescente, assim seria também para o adulto. Pessoas passam por diferentes experiências, assim como a incorporação da experiência também ocorre de forma totalmente diferenciada em cada um de nós.
A adolescência é muitas vezes estigmatizada pelos adultos, mas normalmente isso acontece porque nós, seres humanos, temos uma tendência a esquecer como éramos e substituímos nossas experiências por uma idealizações. Não é condenável fazê-lo, simplesmente acontece. 
Escutei muitas vezes o termo aborrescência. Enquanto adolescente, morria de raiva e indignação quando esse termo desagradável era dirigido a mim. Não me considerava uma pessoa que aborrecesse ninguém, então, não entendia o porque de enquadrarem minha faixa etária numa categoria tão desagradável. Depois, como adulta, foi possível pensar a adolescência e os adolescentes de forma menos passional e mais cuidadosa, e até começar a entender que o aborrecimento causado por nós nessa fase é simplesmente uma consequencia dos questionamentos inerentes a esse período.
Assim que entramos na adolescência, começamos a construir uma personalidade independente. Lógico que continuamos pensando muitas coisas igual aos nossos pais, porém começamos a questionar se deveríamos pensar como eles. Se antes questionávamos comandos, como o porque de ir para cama dormir, na adolescência questionamos a pessoa que nos dá as regras.
Quem sou eu socialmente? Nenhum adolescente se pergunta isso realmente, de forma tão clara, mas eles se questionam e são questionados sobre isso o tempo todo. Namorar, ficar, se fechar, pintar o cabelo de roxo, pintar o cabelo de loiro, usar salto, usar tênis, escolher uma roupa que represente a personalidade, não querer se importar com nada disso, fazer sexo, fazer amor, usar drogas, não usar drogas,  fazer campanha contra as drogas, beber... Não necessariamente as escolhas serão definidas nesse período, mas elas começam a ser feitas. E não é fácil começar a escolher e se responsabilizar pelos caminhos da própria vida.
Eu lembro de um seriado, muito bem escrito e produzido – e sei disso porque assistindo a ele hoje me sinto absolutamente transportada ao meu sentimento de ser adolescente –, chamado My so called life (Minha vida de cão, em português). Nele, a personagem principal, Angela (interpretada por Claire Danes), logo no primeiro episódio pinta o cabelo de vermelho e deixa claro que essa pequena mudança externa, na verdade, é um ensaio para mudar internamente. Todo o tempo, ela demonstra que precisa de orientação, assim como todos nós precisamos, especialmente nessa fase. Ao mesmo tempo, ela quer saber pensar por ela mesma, ela quer decidir quem ela é.
O que é necessário dizer depois disso é que ao olharmos para um adolescente, não podemos nos deixar levar pelo impulso de olhá-lo como se ele fosse igual a todos os outros, pois isso vai contra exatamente aquilo que eles estão buscando. Queremos ser únicos e começamos a descobrir que assim desejamos ao nos tornarmos adolescentes. É difícil para o jovem e para quem está a volta dele acompanhar tantas mudanças, mas não podemos estigmatizar essa fase de descobertas e questionamentos. Todos passamos por essa experiência e ela acaba, querendo ou não. Então vamos viver os prestígios de vivê-la e não vamos esquecer da individualidade de quem a vive.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A tortura de um ideal ilusório


Assisti a um filme, “Educação”, e, ao longo dele, fui me sentindo cada vez mais angustiada pelas escolhas que a personagem ia fazendo. Ela escolhia pelo prazer, porém, sempre negando sua percepção interna. Assim está, ou melhor, assim sempre foi o mundo: nós vivemos das aparências. Somos estimulados pelo que podemos ver e estamos nos reduzindo cada vez mais a isso.
Se assim são as regras, então nós nos preparamos, afinal, nós queremos nos enquadrar. As mulheres querem ser magras, usar maquiagem, fazer as unhas, estarem sempre perfumadas, serem perfeitas em todas as obrigações, tarefas e papéis que executam. Os homens buscam sucesso profissional, financeiro, status social e nunca demonstrar fragilidade ou transparecerem seus mais íntimos sonhos que provavelmente foram abandonados.
Infelizmente, está sempre faltando alguma coisa. Ah... Mas somos seres naturalmente “desejantes”. Sim, é verdade. Porém, não nos sentimos vazios com desejos não realizados; nós sentimos, no máximo, uma frustração. E aqui estou falando de vazio, de um espaço que nunca parece preenchido, estou falando de um grande problema: o que estamos desejando é uma perfeição insuportável e torturante.
Sabe o que eu mais escuto das pessoas? Que elas estão sentindo um desânimo, um angústia,  uma vontade de dormir o tempo todo, uma vontade de sumir, uma coisa estranha dentro delas, uma tristeza sem motivo, uma vontade de comprar, uma inquietude, uma...ANSIEDADE.
Mas... Para tudo!!!! Quem está fazendo isso com as pessoas???? O pior de tudo é a resposta: são as próprias pessoas!!!! As pessoas aceitam e apóiam os paradigmas da perfeição, e, assim, nós nos destruímos, destruímos nossos filhos, irmãos, sobrinhos e amigos.
Numa conversa com um amigo, ele me falou sobre um artigo que dizia que os pais deveriam valorizar o esforço dos filhos, não apenas o sucesso. Quantos de nós realmente aplaude o esforço, a tentativa? Mais ainda: quantos de nós consegue admirar um fracasso? O mundo é feito de fracasso e ainda sim não conseguimos lidar com ele!! Rimos, criticamos e, pior, morremos de vergonha do fracasso.
Então, nós corremos para academia e nos exercitamos além da normalidade, atacamos o máximo de comida que podemos ingerir, fumamos, bebemos sem limites, vamos a qualquer balada, usamos o que quer que tenha sido inventado para nos entorpecer... O importante é tentar não cair no vazio, não lidar com a impossibilidade, com a imperfeição, com o fracasso.
Criamos uma grande tortura para nós mesmos, pois sempre iremos fracassar em alguma coisa. A perfeição é uma ilusão. Uma ilusão do mundo de aparências.
E agora? O que faremos? Como iremos nos resgatar da nossa própria armadilha?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Agressividade infantil

A agressividade infantil é certamente algo que deve ser monitorado, porém ela só é preocupante quando em excesso ou quando nenhum limite é estabelecido.

A importância da agressividade:
Primeiramente, agressividade e violência são coisas distintas. Violência nunca é bom; agressividade é vital. A agressividade é usada no momento em que você luta pelo que quer, é enérgico quando necessário, se opõe aquilo que discorda. A agressividade é o seu motor num momento de defesa de si próprio. Porém, como tudo na vida, é necessário passar pelo filtro do autocontrole, e é nesse momento que entra a sociedade ou, preferencialmente, os pais.

Freio da agressividade:
A criança precisa conviver em sociedade: a sociedade tem normas de convivência para preservar (ninguém pode bater ou gritar quando quer) e os pais têm uma sanidade a zelar. Crianças precisam e querem limites - é saudável - então dê o que ela quer. Diga não vários milhões de vezes, mas o não precisa ser sério e em um tom monótono; se disser não e cair na gargalhada, a criança vai amar a brincadeira nova. Siga a sua intuição com relação a que atitude tomar com a criança na hora de colocar limite e coloque-o. Coloque limite sem medo, pois a criança se sente segura quando aprende seus limites. Ela entende como se comportar no mundo e isso é reconfortante. Mas nunca, NUNCA, aja com violência.

De onde vem a agressividade:
A agressividade vem do desconforto: se algo não está certo a criança "urra". 
Uma menininha de 1 ano, brincando  concentrada e calma, de repente grita, apertando o baldinho que estava em sua mão e depois o lança longe. A mãe olha para filha e diz de maneira calma e sorridente: "Nasceu uma raiva dentro de você, filha?". Sábia mãe. Sim, a raiva nasceu de dentro dela. 
Mas quem disse que a criança entende o que é de dentro dela e o que é de fora? Ela tanto não sabe que quem sofreu as consequências foi o baldinho. O problema é que nem sempre é um baldinho que leva a culpa.
A criança pune com agressividade quando se sente mal, mas ela deve aprender a lidar com esse sentimento. Uma criança que se sente bem e tranquila não é agressiva, então os pais devem aprender a entender o que está causando essa irritação na criança. Quando entende-se a situação como um todo, é possível tomar uma atitude mais efetiva.
Crianças sentem dores e não sabem se explicar, sentem sono e, muitas vezes, não conseguem relaxar para dormir, sentem fome, sede, vontade de comer e não conseguem se expressar... Sentir dor é irritante mesmo, ficar com sono e não poder, ou não conseguir, dormir é perturbador... Enfim, crianças não choram, gritam, batem, beliscam sem motivo. Entenda o motivo e a solução virá.

Pais sem limites:
A criança precisa de limite, mas às vezes quem precisa de limite somos nós, os pais. Muitos pais super estimulam seus filhos, ultrapassam a hora do sono, expõem a ambientes barulhentos e agitados e, então ficam absolutamente irritados, porque a criança chora, briga e grita. Lembre-se de respeitar seus filhos, eles são crianças.
A verdade é que quando se têm filhos é necessário se adaptar a um novo estilo de vida. Você é responsável por uma outra pessoa que é totalmente dependente, principalmente emocionalmente, de você.

Segure a sua raiva, segure a sua culpa:
Raiva e culpa são prejudiciais na hora de educar. Se afaste dos dois.
Pais são seres humanos e continuam sentindo raiva depois de terem bebês, mas procure não agir no momento da raiva. Controle a raiva e, então, tome uma atitude mais pensada.
A culpa é péssima. Ela cega, desequilibra e trava o processo de educar os filhos. Exemplo: Uma menininha de 3 anos, ficava batendo sem parar no rosto de sua mãe, que nada fazia para impedir. A mãe, então, revela com os olhos mareados que tem tão pouco tempo com a filha, por conta de seu trabalho, que não queria ter de gastá-lo com broncas. Muito difícil...A mãe não conseguia controlar a agressividade da filha, e a filha crescia cada vez mais agressiva, porque sentia falta da mãe (e falta da mãe dói). 
Quando a mãe começou a colocar limites na agressividade, a criança se tornou mais doce e calma. Claramente, a mãe foi habilidosa em como impor limites. Ela não foi violenta e, abandonando a culpa, conseguiu se posicionar na vida da filha. Assim, a agressividade da garotinha, além de ter sido controlada, se tornou cada vez menos necessária, pois ela começou a perceber a mãe presente.